Berlin-Blockade und die Luftbrücke (Bloqueio de Berlim e A Ponte Aérea)

Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial e sua rendição total para as Forças Aliadas – formada pelos Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha e França – o país é dividido em 4 zonas de ocupação, decisão formalizada durante a Conferência de Potsdam em 1945.

O mapa da Alemanha em 1945 – com as zonas de ocupação (Fonte: wikipedia.org)

Cada um destes países administra a zona que ocupa, tendo um Conselho de Controle Aliado (Alliierter Kontrollrat), cujos membros eram os comandantes-chefe de cada uma das zonas de ocupação e que definiam as diretrizes que se aplicavam a todas as zonas de ocupação.

A capital Berlim, que geograficamente se localiza no setor que era de ocupação da União Soviética, é também dividida em 4 setores e sua administração é conjunta, sendo feita pelo Comando dos Aliados (Alliierte Kommandantur).

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Com o passar dos anos, entretanto, as diferenças ideológicas entre estes países vão ficando evidentes e conflitos vão surgindo e se potencializando.

Em março de 1948, os aliados ocidentais (Estados Unidos, Grã-Bretanha e França) formam dos seus setores uma Tri-Zona, administrativa e econômica. Uma reforma monetária é feita, entrando em vigor à partir de 20 de junho de 1948 e uma nova moeda, o marco alemão, é introduzida. Esta nova moeda também deve ser usada nos setores ocupados pelos aliados ocidentais em Berlim.

O esquema da ponte aérea de Berlim

Como resposta, nas primeiras horas do dia 24 de junho de 1948, tropas soviéticas bloqueiam todo o acesso terrestre e fluvial aos setores ocidentais de Berlim, evitando assim que estes setores pudessem ser abastecidos, iniciando assim o bloqueio de Berlim (Berlin-Blockade) – a primeira crise mais séria da Guerra Fria. Ao mesmo tempo, também cortam o fornecimento de energia para os setores ocidentais – mais um passo para o isolamento total de Berlim Ocidental. Com esta ação Stalin tenta forçar a saída dos aliados Ocidentais de Berlim – em 16 de junho os soviéticos já haviam se retirado do Comando dos Aliados (após se retirarem também do Conselho de Controle Aliado), reivindicando o controle único de Berlim – além de forçá-los a desistir da fundação de um Estado democrático em suas zonas de ocupação.

O aeroporto Tempelhof

Os cidadãos sentem logo os efeitos do bloqueio de Berlim, uma vez que a cidade, na época com mais de 2 milhões de habitantes, deixa de ser abastecida com alimentos e outros itens essenciais para sua sobrevivência.  O comandante americano Lucius D. Clay resolve então fazer o abastecimento da cidade com aviões (os corredores aéreos foram respeitados), em uma operação que levou o nome de Luftbrücke, ou seja estabeleceu uma ponte aérea (Luftbrücke) entre Berlim Ocidental e as demais zonas ocupadas pelo aliados ocidentais.

No dia 26 de junho de 1948, vindo de Frankfurt e Wiesabaden, pousam os primeiros aviões da Força Aérea Americana no aeroporto Tempelhof carregados com alimentos, medicamentos, gasolina e carvão para aquecer as casas. Logo os 2 aeroportos, Tempelhof no setor americano e Gatow no setor britânico, não são suficientes para atender a demanda de vôos. Foi então que, quase 20 mil trabalhadores, em apenas 90 dias construíram o aeroporto Tegel, no setor francês.  A ponte aérea vai sendo otimizada e aviões chegavam a pousar a cada 2, 3 minutos.

Adultos e muitas crianças obervando os aviões que fazem o abastecimento de Berlim (Fonte: www.hdg.de)

Por causa das sanções econômicas impostas, paralisação do comércio com os setores ocidentais e o sucesso da ponte aérea de Berlim, em 12 de maio de 1949 os soviéticos suspendem o bloqueio de Berlim. Em 30 de setembro de 1949 a ponte aérea é oficialmente finalizada.

Enquanto em operação, a ponte aérea fez quase 280 mil vôos (mais de 189 mil da Força Aérea Americana)  que transportaram mais de 2 milhões de toneladas de carga.

Um dos aviões “Rosinenbomber”

Os aviões que foram utilizados na operação ficaram conhecidos como Rosinenbomber, que significaria “bombardeiro de doces”, isto porque os soldados americanos antes do pouso jogavam pacotinhos contendo balas, doces e chocolate para as crianças que aguardavam no solo. A ação teve início com o piloto Gail Halvorsen, mas após a imprensa tomar conhecimento e divulgar o ato se espalhou.

Apesar do sucesso da ponte área, a operação deixou algumas vítimas – quase 80 pessoas morreram em acidentes, a grande maioria membros da tripulação americana e britânica. Para homenagear estas vítimas foi feito o Memorial da Ponte Áerea, assim como a praça em frente ao aeroporto Tempelhof – onde a maior parte dos vôos pousou – é nomeada de “Platz der Luftbrücke” (Praça da Ponte Aérea).

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