Se a Alemanha é um dos países incluídos no roteiro dos cruzeiros pelo Mar Báltico, o porto onde os navios atracam é Warnemünde – muitas vezes sendo também o porto de partida e chegada. Se o cruzeiro faz somente uma parada em Warnemünde, uma das excursões oferecidas pelos navios é para a cidade de Berlim – que se localiza a cerca de 250 quilômetros de distância de Warnemünde (veja aqui como ir de Warnemünde para Berlim. E para fazer um tour em Berlim em português, clique aqui).
Warnemünde se localiza no estado de Mecklenburg-Vorpommern (Mecklemburgo-Pomerânia), a menos de 15 quilômetros da cidade de Rostock . Neste ponto o rio Warnow desemboca no Mar Báltico, se originando assim o nome do local – uma combinação do nome do rio com o verbo münden, que significa desembocar em alemão.
Warnemünde é mais que um simples porto – é um distrito de Rostock com cara de vilinha do interior. E na verdade é isto que Warnemünde foi por vários séculos: uma vila de pescadores.
Warnemünde é mencionada em registros históricos já no século XII, mas somente à partir do século XIX é que ganha mais importância, quando é iniciada a exploração do turismo no local. Warnemünde é também um balneário popular entre os moradores locais, oferecendo largas praias de areia branquinha (saiba mais aqui sobre as praias alemãs). Entre os anos de 1950 e 1989 foi um dos principais balneários da Alemanha Oriental, recebendo milhões de visitantes ao longo destes anos. Hoje em dia Warnemünde tem uma importância maior ainda sendo o porto de parada dos navios de cruzeiros e sendo um dos mais movimentados do mundo.
Quem visita Warnemünde pela primeira vez geralmente é surpreendido(a) – e positivamente!!, que foi o meu caso. Por, até então, ser mais conhecida como um porto, acho que imaginava uma área portuária feia, com containers, guindastes, etc., sem muito mais a oferecer. Mas está longe de ser assim – não se vê pilhas de containers próximo do terminal de passageiros, além de ser uma estância balneária muito agradável, com uma vilinha litorânea super charmosa. Eu me encantei com Warnemünde e acho que o local mais que merece uma visita.
A cerca de 10 minutinhos de caminhada do ponto de parada dos navios você já chega no Alter Strom, um canal onde vê-se veleiros, lanchas, barcos que oferecem passeios e muitos antigos e tradicionais barcos pesqueiros, alguns transformados em lanchonetes que oferecem especialidades com (claro!) peixe e frutos do mar.
Barcos pesqueiros antigos no canal “Alter Strom”Barco-lanchonete que vende especialidades com peixes e frutos do mar
Em uma das margens do canal encontra-se, além de restaurantes, o mercado de peixes onde diariamente são oferecidos peixes frescos e peixes defumados (muito comum por aqui). Especialmente aos sábados e domingos o movimento é maior, assim como oferta de peixes pescados ali no Mar Báltico.
Uma margem do canalDecoração de restaurante em Warnemünde em estilo marítimo
Na outra margem do canal encontra-se a Am Strom – rua onde se enfileiram antigas casas dos litorâneos hoje restauradas e que abrigam lojas e restaurantes. São casinhas com uma arquitetura própria, algumas coloridas e com uma bela faixa de jardim na frente.
Am Strom – a outra margem do canalCasa na rua Am Strom
Por muito tempo a vila de Warnemünde teve basicamente duas ruas, a que antigamente no dialeto local se chamava “Vörreeg”, que significa algo como “fileira da frente” (e que hoje é a Am Strom citada acima) e a “Achterreeg”, que é algo como “fileira detrás” e que hoje chama-se Alexandrinenstraße.
A AlexandrinenstraßeDetalhe de casa na Alexandrinenstraße
A Alexandrinenstraße é linda – uma rua de paralelepípedos com as antigas casinhas dos pescadores. Em uma delas, no número 31, encontra-se o Heimatmuseum Warnemünde, que conta a história do local.
Casinhas fofas na AlexandrinenstraßeSegunda casa à esquerda abriga o museu Heimatmuseum Warnemünde
A poucos metros de distância do museum, chega-se na Kirchenplatz, onde se encontra a igreja de Warnemünde – uma igreja luterana do século XIX.
A igreja de Warnemünde (Fonte: kirche-warnemuende.de)
Outro marco da cidade é o farol, que tem pouco mais de 30 metros de altura e foi construído nos anos de 1897 a 1898. Quem encarar os 135 degraus de escada será compensado com uma vista de Warnemünde e do Mar Báltico.
O farol de Warnemünde
O farol se localiza no início da Seepromenade, o calçadão que margeia a praia – onde de um lado encontram-se hotéis, pousadas e casas de veraneio e do outro lado o acesso para a praia, convidando assim para um passeio à beira mar. A praia de Warnemünde é longa e larga, tendo 5 quilômetros de extensão e em alguns pontos com largura de até 150 metros.
A praia e o calçadão com o hotel Neptun ao fundo (Fonte: www.rostock-warnemuende.de)
Outro ponto popular de Warnemünde é a Westmole, um pontão/uma faixa que vai 500 metros mar adentro. Ali se encontra o antigo farol e onde muitos gostam de passear e se reunir para observar os navios de cruzeiro.
Nos últimos anos, entre os meses de verão e o dia 03 de outubro é possível assistir gratuitamente ao ar-livre um filme sobre a história da Alemanha, de seu parlamento e do Reichstag – o prédio que abriga o parlamento.
É muito legal, pois o filme que dura cerca de 30 minutos, é projetado na fachada do prédio “Marie-Elisabeth-Lüders-Haus” e é uma combinação de filme com efeitos de luzes belíssimo. O filme é narrado em alemão e legendado em inglês.
Geralmente o filme exibido conta a história da Alemanha à partir do final do Século 19, passando pelos anos seguintes da República de Weimar, dando sequência com o período nazista e Segunda Guerra Mundial, a divisão da Alemanha até a sua reunificação.
Neste ano de 2024 está sendo comemorado os 75 anos da promulgação da Lei Fundamental (a constituição) da Alemanha – data que também marca a fundação da República Federal da Alemanha. E por causa desta comemoração o filme é intitulado “Povo e Parlamento – 75 anos. Democracia viva”.
A narrativa é iniciada à partir do fim da Segunda Guerra Mundial, contando o surgimento da constituição e descrevendo como a Alemanha Ocidental se desenvolveu num estado democrático enquanto a Alemanha Oriental se tornou um país socialista sob o comando de um partido único. Com o fim da Alemanha Oriental e a reunificação da Alemanha em 3 de outubro de 1990, a Lei Fundamental de 1949 passa a ser válida para todo o país.
O filme é exibido todos os dias (até 03 de outubro/2024) duas vezes em seguida, nos seguintes horários (os horários vão mudando pois a exibição é após escurecer e os dias vão ficando cada vez mais curtos, vai escurendo cada vez mais cedo):
À partir de 23 de maio às 22:00 À partir de 02 de junho às 22:15 À partir de 14 de julho às 22:00 horas À partir de 28 de julho às 21:45 horas À partir de 11 de agosto às 21:15 horas À partir de 25 de agosto às 20:45 horas À partir de 08 de setembro às 20:15 horas
O prédio “Marie-Elisabeth-Lüders-Haus” fica à beira do rio Spree, na lateral do Reichstag. Para quem estiver em Berlim neste período vale à pena conferir, pois só o espetáculo de luzes já vale a pena.
Confiram abaixo o vídeo com alguns momentos da projeção, assim como algumas fotos:
Outras atrações em Berlim que podem lhe interessar…
Ruas de Berlim no fim da 2a. guerra mundial (Fonte: www.stern.de)
Maio de 1945: cidades alemãs devastadas pelos bombardeios e confrontos da guerra, o país tomado pelos exércitos das Forças Aliadas e o exército alemão derrotado. Em 08 de maio de 1945 o general alemão Wilhelm Keitel assina em Berlim a rendição total e incondicional, sacramentando assim a derrota da Alemanha e terminando a Segunda Guerra Mundial na Europa.
Com a derrota na guerra, a Alemanha é ocupada pelos 4 países que formavam as Forças Aliadas – Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França – e é dividida em quatro zonas de ocupação, decisão formalizada na Conferência de Potsdam, que acontece entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945.
O mapa da Alemanha em 1945 – com as zonas de ocupação (Fonte: wikipedia.org)
Cada um destes países administra a zona que ocupava, havendo também um Conselho de Controle Aliado, formado pelos comandantes-chefes de cada uma das zonas de ocupação, que é responsável por definir as diretrizes que se aplicariam a todas as zonas de ocupação.
Entretanto, logo, as diferenças ideológicas entre estes dois blocos de países – comunista de um lado e capitalistas do outro – vão ficando visíveis e as divergências vão surgindo e se potencializando. Em março de 1948, os Estados Unidos, Grã-Bretanha e França formam dos seus setores uma Tri-Zona, administrativa e econômica – onde foi introduzido uma nova moeda, o marco alemão.
Como reação à reforma monetária, os soviéticos interditam os acessos terrestes a Berlim Ocidental (o bloqueio de Berlim) por quase 1 ano. Os aliados ocidentais fazem então uma “ponte área” para abaster a cidade.
Ponte aérea de Berlim
Em 1º. de setembro de 1948, um Conselho Parlamentar, formado por 65 membros que foram previamente eleitos pelos parlamentos estaduais das 3 zonas ocidentais de ocupação, se reúne em Bonn com a tarefa de elaborar uma constituição para o Estado da Alemanha Ocidental. Entretanto para evitar o aprofundamento da divisão da Alemanha, esta nova constituição deve ser elaborada como “Lei Fundamental” e em princípio provisória – a idéia é de que uma constituição definitiva deveria ser feita quando o país voltasse a ser um só.
Os acontecimentos durante o “Terceiro Reich” marcam as discussões do Conselho Parlamentar para elaborar a nova constituição – o perigo do totalitarismo deve ser banido para sempre, assim como os erros da Constituição da República de Weimar devem ser evitados. Após alguns meses de trabalho, em 08 de maio de 1949, o Conselho Parlamentar, juntamente com os representantes das Forças Aliadas Ocidentais, aprova a Lei Fundamental.
A Lei Fundamental é promulgada por Konrad Adenauer (centro) (Fonte: www.konrad-adenauer.de)
Em 23 de maio de 1949, a Lei Fundamental é promulgada solenemente pelo Presidente do Conselho Parlamentar Konrad Adenauer – sendo assim fundada oficialmente a República Federal da Alemanha (a Alemanha Ocidental), como um Estado federativo de direito democrático e social e tendo a cidade de Bonn como capital. No dia seguinte, em 24 de maio de 1949, a Lei Fundamental entra em vigor.
O Conselho Parlamentar se decide pelas cores preto, vermelho e amarelo ouro para constituir a bandeira alemã – cores que desde a metade do século 19 já representam democracia e liberdade.
A bandeira alemã
Após a Lei Fundamental entrar em vigor, acontece em 14 de agosto de 1949 as eleições para formar o primeiro parlamento da República Federal da Alemanha, que se constituiu no dia 07 de setembro de 1949 em Bonn. Em 15 de setembro de 1949, o parlamento elege Konrad Adenauer como o primeiro chanceler da República Federal da Alemanha.
De 24 de junho de 1948 a 12 de maio de 1949 os acessos terrestes e fluviais a Berlim Ocidental são bloqueados pelos soviéticos – desta forma esta parte da cidade não poderia ser abastecida (saiba mais aqui sobre o Bloqueio de Berlim). Como os corredores aéreos foram respeitados, a solução foi abastacer a cidade com aviões, levando esta conexão o nome de “ponte aérea”. Desta forma, durante quase 1 ano, a cidade com mais de 2 milhões de habitantes foi suprida com alimentos, medicamentos, material para aquecimento, etc.
Durante os quase 1 anos do bloqueio de Berlim, os aliados fizeram quase 280 mil vôos para abastecer a cidade, mas infelizmente houve também acidentes que causaram vítimas fatais. Para lembrar este acontecimento que marcou a história de Berlim e homenagear as vítimas foi feito um memorial, o Memorial da Ponte Aérea.
O mapa com os corredores aéreos usados para fazer a Ponte Aérea
O Memorial da Ponte Aérea foi projetado por Eduard Ludwig e inaugurado em 1951. O memorial é uma estrutura de concreto alta, levemente curvada e que no topo se abre em 3 “pontas” (como um garfo), simbolizando os corredores aéreos que ligavam Berlim Ocidental a Alemanha Ocidental, assim como os 3 aliados que fizeram a ponte aérea de Berlim. Na base da estrutura de concreto está escrita em alemão a frase escrita que diz “Eles deram a vida pela liberdade de Berlim a serviço da ponte aérea 1948/49” e logo abaixo os nomes das vítimas. O memorial é direcionado para o Ocidente – região geográfica de onde saíam os aviões carregados de mantimentos para abastecer Berlim.
A Praça da Ponte Aérea com o Memorial da Ponte Aérea
Este memorial se encontra na Praça da Ponte Aérea (Platz der Luftbrücke), uma praça em frente ao aeroporto Tempelhof – que foi o aeroporto onde mais aviões pousaram durante a operação de abastecimento.
O Memorial da Ponte Aérea de Frankfurt (Fonte: www.fraport.de)
Mais tarde foram feitos mais dois Memorias da Ponte Aérea – um em Frankfurt e outro em Celle, cidades/aeroportos de onde saiam os aviões para abastecer Berlim Ocidental. Em Frankfurt o memorial é inaugurado em 26 de junho de 1985. Em Celle o memorial é inaugurado em 24 de junho de 1988, 40 após do início do bloqueio de Berlim.
O Memorial da Ponte Aérea em Celle (Fonte: www.celle.de)
Preço: Grátis
Endereço: Platz der Luftbrücke
Como Chegar:
U-Bahn: Linha U6, estação Platz der Luftbrücke
Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial e sua rendição total para as Forças Aliadas – formada pelos Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha e França – o país é dividido em 4 zonas de ocupação, decisão formalizada durante a Conferência de Potsdam em 1945.
O mapa da Alemanha em 1945 – com as zonas de ocupação (Fonte: wikipedia.org)
Cada um destes países administra a zona que ocupa, tendo um Conselho de Controle Aliado (Alliierter Kontrollrat), cujos membros eram os comandantes-chefe de cada uma das zonas de ocupação e que definiam as diretrizes que se aplicavam a todas as zonas de ocupação.
A capital Berlim, que geograficamente se localiza no setor que era de ocupação da União Soviética, é também dividida em 4 setores e sua administração é conjunta, sendo feita pelo Comando dos Aliados (Alliierte Kommandantur).
Com o passar dos anos, entretanto, as diferenças ideológicas entre estes países vão ficando evidentes e conflitos vão surgindo e se potencializando.
Em março de 1948, os aliados ocidentais (Estados Unidos, Grã-Bretanha e França) formam dos seus setores uma Tri-Zona, administrativa e econômica. Uma reforma monetária é feita, entrando em vigor à partir de 20 de junho de 1948 e uma nova moeda, o marco alemão, é introduzida. Esta nova moeda também deve ser usada nos setores ocupados pelos aliados ocidentais em Berlim.
O esquema da ponte aérea de Berlim
Como resposta, nas primeiras horas do dia 24 de junho de 1948, tropas soviéticas bloqueiam todo o acesso terrestre e fluvial aos setores ocidentais de Berlim, evitando assim que estes setores pudessem ser abastecidos, iniciando assim o bloqueio de Berlim (Berlin-Blockade) – a primeira crise mais séria da Guerra Fria. Ao mesmo tempo, também cortam o fornecimento de energia para os setores ocidentais – mais um passo para o isolamento total de Berlim Ocidental. Com esta ação Stalin tenta forçar a saída dos aliados Ocidentais de Berlim – em 16 de junho os soviéticos já haviam se retirado do Comando dos Aliados (após se retirarem também do Conselho de Controle Aliado), reivindicando o controle único de Berlim – além de forçá-los a desistir da fundação de um Estado democrático em suas zonas de ocupação.
O aeroporto Tempelhof
Os cidadãos sentem logo os efeitos do bloqueio de Berlim, uma vez que a cidade, na época com mais de 2 milhões de habitantes, deixa de ser abastecida com alimentos e outros itens essenciais para sua sobrevivência. O comandante americano Lucius D. Clay resolve então fazer o abastecimento da cidade com aviões (os corredores aéreos foram respeitados), em uma operação que levou o nome de Luftbrücke, ou seja estabeleceu uma ponte aérea (Luftbrücke) entre Berlim Ocidental e as demais zonas ocupadas pelo aliados ocidentais.
No dia 26 de junho de 1948, vindo de Frankfurt e Wiesabaden, pousam os primeiros aviões da Força Aérea Americana no aeroporto Tempelhof carregados com alimentos, medicamentos, gasolina e carvão para aquecer as casas. Logo os 2 aeroportos, Tempelhof no setor americano e Gatow no setor britânico, não são suficientes para atender a demanda de vôos. Foi então que, quase 20 mil trabalhadores, em apenas 90 dias construíram o aeroporto Tegel, no setor francês. A ponte aérea vai sendo otimizada e aviões chegavam a pousar a cada 2, 3 minutos.
Adultos e muitas crianças obervando os aviões que fazem o abastecimento de Berlim (Fonte: www.hdg.de)
Por causa das sanções econômicas impostas, paralisação do comércio com os setores ocidentais e o sucesso da ponte aérea de Berlim, em 12 de maio de 1949 os soviéticos suspendem o bloqueio de Berlim. Em 30 de setembro de 1949 a ponte aérea é oficialmente finalizada.
Enquanto em operação, a ponte aérea fez quase 280 mil vôos (mais de 189 mil da Força Aérea Americana) que transportaram mais de 2 milhões de toneladas de carga.
Um dos aviões “Rosinenbomber”
Os aviões que foram utilizados na operação ficaram conhecidos como Rosinenbomber, que significaria “bombardeiro de doces”, isto porque os soldados americanos antes do pouso jogavam pacotinhos contendo balas, doces e chocolate para as crianças que aguardavam no solo. A ação teve início com o piloto Gail Halvorsen, mas após a imprensa tomar conhecimento e divulgar o ato se espalhou.
Apesar do sucesso da ponte área, a operação deixou algumas vítimas – quase 80 pessoas morreram em acidentes, a grande maioria membros da tripulação americana e britânica. Para homenagear estas vítimas foi feito o Memorial da Ponte Áerea, assim como a praça em frente ao aeroporto Tempelhof – onde a maior parte dos vôos pousou – é nomeada de “Platz der Luftbrücke” (Praça da Ponte Aérea).
Para quem gosta de ler ou está à procura de um livro para dar de presente, a Dussmann é um paraíso. A loja ocupa 5 andares de um prédio, onde são oferecidos cerca de 100 mil livros dos mais variados gêneros – de clássicos da literatura a livros técnicos, passando por livros infantis e juvenis a guias de viagens.
Como livro é um presente muito comum que se dá na Alemanha, volta e meia, estou visitando a Dussmann à procura por um presente para familiares ou amigos, além das vezes que visito a loja em busca de algo para mim mesma. E podem acreditar – nem sempre a tarefa é fácil (rsrsrs)! É que a oferta é tão grande, que muitas vezes a escolha se torna difícil.
Há poucos dias, fomos eu e meu esposo lá procurar um presente para dar ao nosso afilhado e seu irmão. Achamos diversas coisas interessantes que no final tivemos dificuldade para decidir qual livro ou joquinho comprar – há também uma variedade grande de jogos de tabuleiros, dos clássicos aos modernos. Quando vimos, já havíamos passado 2-3 horas “perdidos” no mar de livros (rsrs). Mas já ficou inspirações e idéias para próximos presentes 🙂
E não são somente livros no idioma alemão que são vendidos. A Dussmann tem uma seção dedicada para livros em inglês. Na verdade é mais do que uma seção – é uma pequena livraria dentro da livraria. A “English Bookshop” se encontra no fundo do piso térreo, uma área separada, onde milhares de livros estão distribuídos em 2 níveis.
A Dussmann, que do seu nome também faz parte “das KulturKaufhaus” (= “a loja de departamentos da cultura”), de fato oferece mais do que livros. A Dussmann tem também uma seção de papelaria, presentes e partituras musicais, assim como uma seção para DVDs e outra com 700 metros quadrados com uma variedade incrível de CDs dos mais variados ritmos, estilos e artistas de todo o mundo.
A loja promove também um calendário de eventos, como apresentações musicais, workshops, além de lançamentos de livros.
E não suficiente, a Dussmann tem também um Café-Restaurante muito aconchegante. O Ursprung, que é o nome do Café-Restaurante, além de bolos, tortas, cafés e chás, oferece também um cardápio de pratos salgados, predominantemente com pratos típicos da culinária alemã. Além do cardápio fixo – cuja variedade é mais limitada – tem também um cardápio semanal.
O Café-Restaurante Ursprung
Uma escada, nos fundos do piso térreo, leva ao subsolo onde se localiza o Café-Restaurante Ursprung. Na parede do restaurante tem um belo jardim vertical e embaixo da escada um aquário com peixinhos coloridos.
A Dussmann é também bem central, ela se localiza na Friedrichstraße 90, uma rua transversal da Av. Unter den Linden – a avenida que corta o centro histórico. Ou seja, a livraria está bem próxima de diversos pontos turísticos de Berlim. A Dussmann é aberta de segunda à sexta-feiras, das 09 às 24 horas (até mais tarde do que a maioria dos supermercados!!! :-)) e aos sábados, das 9 às 23:30hs.
Como Chegar:
S-Bahn: Linhas S5, S7 e S75, estação S+U Friedrichstr.
U-Bahn: Linha U6, estação S+U Friedrichstr.
Evite as filas nas atrações mais populares de Berlim e compre os ingressos antecipadamente
O Panorama de Pérgamo de Yadegar Asisi (Fonte: www.smb.museum)
Abrigado em um novo prédio, a poucos metros da entrada principal do Museu de Pérgamo, o belo Panorama de Pérgamo de Yadegar Asisi pode ser de novo apreciado em Berlim. Os panoramas de Yadegar Asisi são imagens gigantes em 360 graus que retratam um determinado tema (em Berlim ele tem exposto também o Panorama do Muro).
Entre 2011 e outubro de 2012 esteve em exibição o “Pérgamo – Panorama da Antiga Metrópole”, exposição que atraiu mais de um milhão e meio de visitantes. Mas a exposição foi encerrada em Berlim e após alguns anos de trabalho e construção de um novo local o Panorama voltou para a cidade desde novembro de 2018.
O “Pérgamo – Panorama da Antiga Metrópole” foi uma reconstrução gráfica da antiga cidade de Pérgamon, que hoje em dia chama-se Bergama, na Turquia.
O artista tirou fotos nas ruínas da cidade de Pérgamo, muitas delas com figurantes trajando roupas de época. Estas fotos foram então trabalhadas no computador e unidas, criando uma imagem única e gigantesca que recria a cidade de Pérgamo no ano 129 depois de Cristo.
Esta imagem é apresentada em uma estrutura de metal circular, uma espécie de container redondo, formando um panorama em 360 graus. No centro tem uma plataforma alta de onde podemos apreciar melhor a imagem.
Geral do Panorama de Pérgamo (Fonte: www.smb.museum)
A imagem mostra as colinas, rios, o Altar de Pérgamo e habitações da cidade. De um lado mostra pessoas trabalhando, crianças brincando, cachorros, gatos nos telhados, de outro uma procissão em uma festividade religiosa, a acrópole cheia de gente. E ouve-se ainda sons, cachorros latindo, grilos, o barulho de ferramentas de trabalho.
A iluminação é também fantástica – a cidade é mostrada de dia, ensolarada, depois vai escurendo e mostra a cidade de noite, com estrelas até o dia amanhecer de novo.
É um trabalho belíssimo, a imagem tem uma riqueza de detalhes única, é perfeito! Eu adorei este panorama, fiquei encantada com este trabalho, pois nos mostra como foi esta cidade que não existe mais. Ver este panorama é fazer uma viagem ao passado, à Época do Império Romano.
Para esta nova exposição que é intitulada “Panorama PÉRGAMO: Obras-primas da Antiga Metrópole com um Panorama em 360° de Yadegar Asisi”, o Panorama passou por aperfeiçoamentos e o salão onde é exibido, com 30 metros de altura, é mais alto que o da primeira exposição. A plataforma central tem 3 andares a seis, doze e quinze metros de altura, permitindo uma vista fantástica de todo o panorama.
A construção nova que abriga a exposição (Fonte: www.smb.museum)
A exposição também é complementada com uma mostra de 80 peças da Coleção de Antiguidade do Museu de Pérgamo. Entre outras, pode-se ver belas esculturas femininas de mármores que ficavam no terraço do Altar de Pérgamo.
Em 1919 é criada na cidade de Weimar-Alemanha a Escola Bauhaus, que acabou deixando de ser uma simples escola de design e passou a ser um movimento artístico, tendo revolucionado a estética e o design moderno.
Arquitetos Bauhaus também deixaram sua marca em Berlim, especialmente em alguns conjuntos residenciais, sendo alguns deles declarados em 2008 pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade.
A característica típica da arquitetura Bauhaus, que é tão famosa e em demanda hoje, é a estrutura funcional dos edifícios. A estética da arquitetura segue a funcionalidade.
Estes conjuntos habitacionais de Berlim foram construídos entre a metade dos anos 20 e a metade dos anos 30.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, nos primeiros anos da República de Weimar, a falta de moradia era um problema em Berlim. Por um lado, a cidade atraiu muita gente pois foi um período cultural muito fértil, com os chamados “Anos 20 Dourados”.
Por outro lado, a cidade recebe os que regressam da guerra e muitos que foram expulsos de onde moravam uma vez que Alemanha sendo derrotada na guerra perdeu territórios. Na época calculou-se que seria necessário 350 mil novas habitações para suprir a demanda de moradias.
Além disto, a classe operária e pessoas de baixa renda moravam em habitações apertadas e em condições precárias e com falta de higiene – cômodos sombrios, com ventilação ruim, muitos sem água encanada ou banheiros.
Desta forma era necessário construir novas habitações com baixo custo, mas que oferecessem condições dignas de moradia.
A solução foi criar grandes conjuntos habitacionais e assim, durante a República de Weimar, surgem as primeiras habitações sociais. Muitos destes conjuntos habitacionais são planejados por arquitetos Bauhaus.
Vamos conhecer a herança Bauhaus deixada em Berlim:
– Hufeisensiedlung
O conjunto habitacional “da Ferradura”
Este conjunto habitacional, que traduzindo seu nome significa “Conjunto Habitacional da Ferradura” se localiza no bairro Neukölln. Seu nome se deve ao prédio central que tem o formato de uma ferradura.
Um dos prédios do Hufeisensiedlung
O Hufeisensiedlung foi planejado pelo arquiteto Bruno Taut juntamente com Martin Wagner e o arquiteto paisagista Leberecht Migge, tendo sido construído mais de 1200 moradias – entre apartamentos e sobradinhos com jardim – nos anos de 1925 a 1930.
Sobradinho do Hufeisensiedlung
Os sobradinhos são coloridos, com tons fortes
Desde 1986 este conjunto é tombado. Houve uma 7a. fase de construção entre 1932 e 1933, mas esta parte do conjunto não faz parte do patrimônio cultural.
A Siemensstadt, ou „Cidade da Siemens”, é um grande complexo composto por prédios industriais e residenciais. Os prédios residenciais foram construídos entre 1929 e 1934 com o objetivo de oferecer uma moradia aos operários de baixa renda da fábrica – tendo sido construído mais de 1300 moradias.
Prédios com diferentes design compõem o Conjunto habitacional Siemensstadt
Este conjunto habitacional se localizada no norte do bairro Charlottenburg e foi um projeto dos arquitetos Hans Scharoun, Walter Gropius, Otto Bartning, Fred Forbat, Hugo Häring e Paul R. Henning.
Painel que lembra o arquiteto Walter Gropius e seu projeto na Siemensstadt
O conjunto habitacional da Siemensstadt também parte do patrimônio cultural da humanidade, declarado pela Unesco em 2008.
Prédios com diferentes design compõem o Conjunto habitacional Siemensstadt
Ruas do ConjuntoHabitacional Siemensstadt: Geißlerpfad, Goebelstraße, Heckerdamm, Jungfernheideweg, Mäckeritzstraße
– Wohnstadt Carl Legien
O conjunto habitacional Carl Legien (Fonte: www.stadtentwicklung.berlin.de)
Localizado no bairro de Prenzlauer Berg, o conjunto habitacional Carl Legien foi construído de 1928 a 1930. O conjunto leva o nome do primeiro líder sindical alemão.
O conjunto que leva a assinatura dos arquitetos Bruno Taut e Franz Hillinger conta com mais de 1.100 apartamentos. O Carl Legien é outro conjunto habitacional que faz parte do patrimônio cultural da humanidade da Unesco.
Ruas do Conjunto Habitacional Carl Legien: Erich-Weinert-Straße, Georg-Blank-Straße, Gubitzstraße, Küselstraße, Lindenhoekweg, Sodtkestraße, Sültstraße, Trachtenbrodtstraße
– Siedlung Onkel Toms Hütte
O conjunto habitacional Onkel Toms Hütte
O conjunto habitacional Onkel Toms Hütte localiza-se no bairro Zehlendorf nas proximidades da floresta Grunewald, motivo pelo qual lhe faz ser conhecido também como Waldsiedlung Zehlendorf.
(Wald= floresta, mata; Siedlung= conjunto habitacional; Zehlendorf= bairro). Este é mais um projeto de Bruno Taut em conjunto com os arquitetos Hugo Häring e Otto Rudolf Salvisberg.
Entre 1926 e 1932 foram construídos 1.100 apartamentos em prédios de 2 e 3 andares e 800 sobradinhos.
Prédio do conj. habitacional Onkel Toms Hütte
Sobradinhos do conj. habitacional Onkel Toms Hütte
Uma característica marcante do projeto foi cor – as fachadas foram pintadas com cores vibrantes, o que no primeiro momento fez o conjunto ser chamado desdenhosamente de “Conjunto habitacional papagaio”, mas hoje em dia os moradores se orgulham das suas casas. Em 1995 o conjunto habitacional Onkel Toms Hütte foi tombado.
Sobradinho com cor forte e suas características janelas coloridas
Ruas do Conjunto Habitacional Onkel Toms Hütte: Am Fischtal, Am Fuchspaß, Am Hegewinkel, Am Lappjagen, Am Wieselbau, Argentinische Allee, Auerhahnbalz, Eisvogelweg, Hochsitzweg, Hochwildpfad, Holzungsweg, Im Gestell, Onkel-Tom-Straße, Reiherbeize, Riemeisterstraße, Treibjagdweg, Waldhüterpfad, Wilskistraße
– Siedlung Schillerpark
O conjunto habitacional Schillerpark (Fonte: www.stadtentwicklung.berlin.de)
O Conjunto Habitacional Schillerpark, que também faz parte do patrimônio cultural da humanidade da Unesco, localiza-se no bairro Wedding e leva este nome devido ao parque que se encontra nas imediações.
Antes da Primeira Guerra já havia a intenção de construir habitações neste mesmo local, mas com a guerra os planos foram paralisados. Com o fim da guerra e a falta de moradia na cidade, este foi o primeiro conjunto habitacional a ser construído na República de Weimar, entre os anos 1924 e 1930.
O arquiteto do projeto, que conta com quase 300 apartamentos, foi Bruno Taut. Bruno inspira-se na arquitetura holandesa, sendo os prédios de tijolhinhos à vista.
Ruas do ConjuntoHabitacional Schillerpark: Barfusstraße, Bristolstraße, Corker Straße, Dubliner Straße, Oxforder Straße, Windsorer Straße
– Weiße Stadt
O conjunto habitacional “Cidade Branca”
O conjunto “Cidade Branca”, como é a tradução literal de seu nome encontra-se no bairro Reinickendorf e acabou ganhando este nome por causa da cor branca da fachada dos prédios.
Os planos para um conjunto habitacional em Reinickendorf já existiam antes da Primeira Guerra, mas o projeto acabou sendo realizado somente depois, entre os anos 1929 e 1931, quando foram construídos mais de 1200 apartamentos.
Alguns apartamentos térreos contam com um pequeno jardim
De forma que os moradores tivessem uma infra-estrutura por perto, como parte do conjunto foram planejados lojas, consultórios e jardim de infância – conceito até então inédito.
Um dos prédios tem uma parte que forma uma “ponte”, sob a qual cruzam veículos
O projeto da “Weiße Stadt” leva a assinatura dos arquitetos Otto Rudolf Salvisberg, Bruno Ahrends e Wilhelm Büning. E este é mais um conjunto habitacional que foi declarado patrimônio cultural da humanidade.
Além dos conjuntos habitacionais listados acima, algumas outras construções com a assinatura de arquitetos Bauhaus que merecem ser mencionadas:
– Mies van der Rohe Haus
A Casa Mies van der Rohe (Fonte: www.bauhaus100.de)
Também conhecida como Haus Lemke (“Casa Lemke”), esta casa foi desenhada pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe para o casal de fabricantes Martha e Karl Lemke. Este foi o último projeto do arquiteto antes dele emigrar para os Estados Unidos em 1938.
Após cerca de 1 ano de construção (entre 1932 e 1933) o casal já pode ocupar sua casa. Em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Exército Vermelho que tomou a área solicitou o casal a deixar a casa o mais rápido possível. A casa foi então usada como depósito e garagem e mais tarde a casa foi utilizada por membros da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental. Em 1977 a casa foi tombada e após a queda do Muro de Berlim, a administração do bairro assumiu a casa e a renomeou em Mies van der Rohe Haus (Casa Mies van der Rohe).
Hoje a Mies van der Rohe Haus é aberta ao público funcionando como museu e abrigando exposições. A casa é aberta de terça a domingo, das 11 às 17 horas. A entrada é gratuita.
A Neue Nationalgalerie (Nova Galeria Nacional) foi projetada em 1968 por Mies van der Rohe, sendo a única obra do arquiteto na Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial.
A Neue Nationalgalerie é um museu cujo acervo é dedicado às artes dos séculos XX e XXI.
Endereço da Neue Nationalgalerie: Potsdamer Straße 50
– Bauhaus-Archiv – Museum für Gestaltung
O prédio do Arquivo Bauhaus – Museu do Desgin
O Bauhaus-Archiv (Arquivo Bauhaus – Museu do Desgin) abriga a mais extensa coleção sobre a história da Bauhaus e mostra o resultado do seu trabalho nas artes, arquitetura e design. O museu conta com uma importante coleção de pinturas, desenhos e esculturas dos mestres e alunos da Bauhaus.
O prédio que abriga o Bauhaus-Archiv foi inaugurado em 1979 e construído com base em desenho de 1964 de Walter Gropius. Em 1997 o prédio foi tombado como patrimônio histórico.
Desde 2018 o prédio encontra-se fechado para obras de restauração e ampliação. Durante este tempo a exposição se encontra na Knesebeckstr. 1–2
O Kant-Garagen (Garagens Kant) é o primeiro edifício-estacionamento de Berlim e foi construído entre 1929 e 1930, oferecendo espaço para cerca de 300 anos. A obra é assinada pelos arquitetos Bruno Lohmüller, Oskar Korschelt e Jakob Renker em conjunto com Hermann Herrey-Zweigenthal e Richard Paulick.
O prédio foi tombado em 1991 e foi utilizado como estacionamento até 2017. A Kant-Garagen passou por reformas nos últimos anos e desde 2022 abriga o “Stilwerk” – uma espécie de shopping center de lojas de móveis, decoração e design.
Endereço da Kant-Garagen: Kantstraße 126
Outras atrações em Berlim que podem lhe interessar…
Há 100 anos foi fundada na cidade de Weimar/Alemanha a Escola Bauhaus, que é considerada a primeira escola de design do mundo. A Bauhaus foi fundada pelo arquiteto Walter Gropius em abril de 1949 e seu objetivo principal era fazer uma escola que combinasse disciplinas como arquitetura, escultura, pintura e artesanato. A Bauhaus deixou de ser uma simples escola e acabou transformando-se em um movimento cultural e artístico, tendo, deste então – com seu conceito de buscar formas mais simples e estética menos rebuscada – influenciado a arquitetura e o design moderno.
E o centenário da Bauhaus está sendo lembrado e celebrado em grande estilo, com o festival “100 Anos Bauhaus” – sendo um dos principais acontecimentos deste ano no calendário cultural na Alemanha, acontecendo em várias cidades eventos, exposições, workshops, etc.
A abertura do festival “100 Anos Bauhaus” acontece em Berlim e teve início no dia 16 de janeiro com o presidente da Alemanha Frank-Walter Steinmeier abrindo as festividades. Desde então, esta abertura do festival conta com shows, apresentações teatrais, instalações, filmes e workshops. A programação de abertura do festival vai até o dia 24 de janeiro e pode ser vista neste link.
O presidente Frank-Walter Steinmeier na abertura das festividades (Fonte: www.berlin.de)
Outras exposições e eventos que estarão acontecendo ao longo do ano em Berlim:
– “Bau1haus”
Exposição “Bau1haus” – Posto de Gasolina em Copenenhague – Foto: Jean Molitor (Fonte: www.willy-brandt-haus.de)
A exposição “Bau1haus – O Modernismo no Mundo” mostra o trabalho do fotógrafo berlinense Jean Molitor,que desde 2009 viaja pelos cinco continentes registrando a arquitetura Bauhaus.
A exposição é gratuita e acontece na Willy-Brandt-Haus, que se localiza na Stresemannstr. 28 . A exposição funciona de 16 de janeiro a 14 de março de 2019 e é aberta de terça a domingo, das 12 às 18 horas.
– “Von Arts and Crafts zum Bauhaus”
Exposição “Von Arts and Crafts zum Bauhaus” (Fonte: www.broehan-museum.de)
A exposição “Von Arts and Crafts zum Bauhaus. Kunst und Design – eine neue Einheit! ” (“Das Artes e Ofícios para a Bauhaus. Arte e Design – Uma Nova Unidade!”) aborda a história da Bauhaus e a incorpora à emergência do modernismo na Europa. A exposição mostra cerca de 300 peças – que vão de mobiliário a arte em metal e pinturas – de 50 anos da história do design.
A exposição “Von Arts and Crafts zum Bauhaus” acontece no Bröhan Museum de 24 de janeiro a 5 de maio de 2019. O museu é aberto das 10 às 18 horas, de terça a domingo, assim como nos feriados. A entrada custa 8 euros / 5,00 euros reduzida.
O projeto de exposição internacional “Bauhaus imaginista” examina as interdependências mundiais do movimento que tornou o estilo Bauhaus o que ele é hoje. O projeto foi feito com uma equipe internacional de pesquisadores e artistas.
O “Bauhaus imaginista” acontece na Casa das Culturas do Mundo, que se localiza na John-Foster-Dulles-Allee 10, de 15 de março a 10 de junho de 2019.
– “Bauhaus und die Fotografie”
A exposição “Bauhaus und die Fotografie” (“Bauhaus e a Fotografia”) tem o objetivo de estabelecer um diálogo entre a fotografia de vanguarda no período por volta de 1930 e a arte conteporânea. A exposição mostra cerca de 200 trabalhos de artistas como Florence Henri, Erich Consemüller, Thomas Ruff, Dominique Teufen, Vivianne Sassen, Kris Scholz, Taiyo Onorato & Nico Krebs, Antje Hanebeck e Douglas Gordon.
A exposição “Bauhaus und die Fotografie” acontece na Fundação Helmut Newton de 12 de abril a 25 de agosto de 2019. Fundação Helmut Newton se localiza na Jebensstraße 2 e é aberta de terça a domingo das 11 às 19 horas, com exceção das quintas-feiras que abre das 11 às 20 horas. Os ingressos custam 10 euros / 5 euros reduzida
– “Semana Bauhaus em Berlim”
Na “Semana Bauhaus em Berlim”, que vai de 31 de agosto a 08 de setembro de 2019, qualquer pessoa pode se envolver com o tema Bauhaus gratuitamente e a céu aberto. Exibições em vitrines de lojas na rua Kantstraße, Savignyplatz e Potsdamer Straße dão aos passantes uma impressão dos 14 anos de trabalho da Escola Bauhaus.
Em um pavilhão de vidro na Ernst-Reuter-Platz, os visitantes podem comparar o planejamento urbano moderno com a realidade.
Várias outras exposições e eventos acontecem em diversas cidades da Alemanha ao longo do ano para comemorar os “100 Anos Bauhaus”. A programação completa pode ser vista aqui.
Frequentemente as pessoas me perguntam “o que tem neste museu?” ou “em qual museu de Berlim posso ver …? (…determinado tema)”.
Com tantos museus à disposição, não é a toa que pode causar dúvidas e perguntas – Berlim tem mais de 170 museus. Tem até uma ilha dedicada à museus, a Ilha dos Museus, que é Patrimônio Cultura da Humanidade.
Estas dezenas de museus abordam e apresentam os mais variados temas, assim como também se dedicam aos temas mais específicos. Para ajudá-los a ter uma idéia geral, abaixo estou listando os principais e mais visitados museus de Berlim, agrupados e categorizados por tema e especificando o foco da sua coleção/exposição.
Clique nos respectivos links para obter mais informações sobre cada museu.
Museus de Berlim com Foco em Antigas Civilizações e Descobertas Arqueológicas
–> Pergamonmuseum: O Pergamonmuseum abriga a Coleção de Antiguidades Clássicas, a Coleção do Antigo Oriente Médio e a Coleção de Artes Islâmicas. Seu diferencial são grandes peças remontadas de cidades que não existem mais como a Porta de Ishtar, um portal de entrada da Babilônia.
–> Neues Museum: O forte do Neues Museu (“Museu Novo”) é a coleção egípcia, sendo o busto de Nefertite a peça mais famosa do museu. Sua exposição abrange ainda a Coleção sobre a Pré-história e História Antiga, mostrando objetos do período da Idade da Pedra até a Idade Média.
–> Altes Museum: O Altes Museum (“Museu Antigo”) é dedicado à Grécia e Roma da antiguidade.
Museus de Berlim com Foco nas Artes
–> Bode-Museum: O Bode-Museum abriga uma coleção de esculturas, com obras do início da Idade Média até o século 18, e uma coleção de arte bizantina. Seu diferencial é sua coleção de moedas, com mais de 500 mil objetos.
–> Alte National Galerie: É dedicada as artes clássicas. Sua coleção mostra pinturas e esculturas do século 19.
–> Gemäldegalerie: A Gemäldegalerie (“Galeria dos Antigos Mestres”) se dedica às pinturas clássicas européias. Sua coleção apresenta obras do século 13 ao século 18.
–> Neue National Galerie: Sua coleção é dedicada a arte dos séculos 20 e 21. Obs.: A Neue National Galerie está fechada há anos por conta de reformas.
–> Brücke Museum: Este museu se dedica especificamente ao expressionismo, com foco no grupo de artistas chamado de “Brücke” – um dos precursores deste movimento artístico.
–> Museu Berggruen: O museu Berggruen se dedica a arte Moderna, apresentando obras, entre outros, de Pablo Picasso, Paul Klee, Henri Matisse.
–> Sammlung Scharf-Gerstenberg: Este museu se dedica especificamente ao movimento artístico surrealismo.
–> Bröhan-Museum: O foco da coleção exibida pelo Bröhan-Museum são obras dos estilos art decó, art nouveau e funcionalismo.
–> Dalí – Die Ausstellung: Como o nome já denota, é um museu dedicado exclusivamente ao artista surrealista Salvador Dalí.
–> Berlinische Galerie: A Berlinische Galerie (“Galeria Berlinense) é dedicada à arte moderna, fotografia e arquitetura. Suas exposições mostram a arte produzida em Berlim desde 1870 té os dias atuais.
–> Hamburger Bahnhof: O museu Hamburger Bahnhof é dedicado às artes contemporâneas.
–> KW Institute for Contemporary Art: O KW é outro local dedicado a exposições de arte conteporânea.
–> Urban Nation: O foco do Urban Nation é a arte urbana contemporânea
–> Museu da Fotografia – Fundação Helmut Newton: Como o nome já indica, este museu é dedicado à fotografia, com foco especial na obra do fotógrafo alemão Helmut Newton.
–> C/O Berlin: As exposições do C/O Berlin se dedicam a fotografia e mídias visuais.
–> Deutsche Kinemathek – Museu do Filme e da Televisão: Este museu documenta a história do filme e da televisão alemã do seu começo até os dias atuais.
–> Museu dos Instrumentos Musicais: Sua coleção mostra instrumentos musicais da música européia dos século 16 ao século 21.
Museus de Berlim com Foco na História
–> Museu Histórico Alemão: Como o nome já indica, este museu se dedica à história da Alemanha e de seu povo.
–> The Story of Berlin: Este museu documenta e explora especificamente a história de Berlim.
–> Topografia do Terror: O foco da exposição é o período nazista – com textos e fotos documenta desde as organizações de repressão do regime e seus métodos, passando pelos grupos perseguidos e os países ocupados durante a guerra até o julgamento de Nuremberg após a guerra.
–> Museu Alemão-Russo Berlin-Karlshorst: O foco do museu é a segunda guerra mundial especificamente na União Soviética, entre os anos de 1941 a 1945.
–> Memorial para a Resistência Alemã: Além de memorial é um museu que aborda a resistência alemã contra o regime nazista e documenta os principais movimentos e grupos de resistência .
–> Casa da Conferência de Wannsee: O foco desta esposição é a reunião que acontece em 20 de janeiro de 1942, conhecida como a Conferência de Wannsee, e que marca o início das mortes industrializadas dos judeus.
–> Museu Judaico de Berlim: Documenta a história dos judeus na Alemanha, assim como aborda suas tradições e costumes.
–> Memorial do Muro de Berlim: A exposição no centro de visitantes do Memorial do Muro de Berlim documenta a história do muro de Berlim – desde sua construção até sua queda.
–> Museu do Muro no Checkpoint Charlie: Outro museu que documenta a história do muro de Berlim. Sua exposição mostra muitos objetos que foram usados pelas pessoas para fugirem
–> Museu do DDR: O museu do DDR documenta a vida na Alemanha Oriental.
–> O Dia-a-dia na Alemanha Oriental: Como o nome já indica, também documenta a vida na Alemanha Oriental.
–> Museu da Stasi: O foco deste museu é a polícia secreta da Alemanha Oriental, chamada de Stasi.
Museus de Berlim com Foco nos Desenvolvimentos e Tecnologia
–> Museu Alemão de Tecnologia de Berlim: Este museu é dedicado aos desenvolvimentos tecnológicos na mais variadas áreas, como transporte, energia, telecomunicação, etc.
–> Museu para Comunicação Berlim: Este museu se dedica ao passado, presente e futuro da comunicação.
–> Museu dos Jogos de Computador: O museu se dedica a evolução dos jogos de computador e videogames.
–> Museu da História da Medicina: O museu se dedica aos últimos 300 anos de desenvolvimento na área da medicina.
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